ESG – A Teoria de Tudo na sociedade moderna

Se você tem o costume de ler um jornal de média ou grande circulação sobre temas ligados a gestão, ou finanças, com certeza já se deparou com essas três letras: ESG. 

ESG é uma sigla para Environmental, Social and Governance (Ambiental, Social e Governança, em tradução livre) e tem ganhado destaque nas principais discussões sobre como será o futuro das relações entre tudo e todos. Esse conceito está para o mundo corporativo assim como a Teoria da Cordas (para quem gosta de física, como eu) está para a ciência. Vale lembrar: a ideia da Teoria das Cordas é unificar a física clássica, de Newton e Einstein, com a física Quântica. Da mesma forma, o conceito de ESG unifica tudo e cria um laço invisível entre todos os elos da sociedade: quem produz, quem consome, e quem (ou oque) é afetado pela relação desses dois.

Na esfera Ambiental, mais que cuidar do meio ambiente em si, espera-se uma atitude altruísta de quem produz, usando técnicas que ajudem a não só reduzir custo da produção, mas também diminuir ou zerar o impacto ambiental da atividade ao longo dos tempos (sim, “tempos” no plural, porque estamos falando de ações tomadas no presente que corrigem o passado, e preservam o futuro), reduzir a emissão de carbono e o uso de recursos não renováveis, utilizar técnicas de agricultura regenerativas e menos químicos, entre outras coisas.

No campo Social, a ideia transcende o clássico “proteger a sociedade”, indo além desse conceito simples. São temas nesta esfera: ações inclusivas de diversidade e direitos humanos, melhor relação entre funcionários e empregadores, participação das comunidades no gerenciamento dos negócios, etc.

Por fim, a Governança entra para assegurar que os dois primeiros pontos (Ambiental e Social) sejam efetivamente cumpridos, criando mecanismos para não só auditar e  evidenciar as ações das pessoas e empresas, mas também para ajustar eventuais falhas ao longo da implementação da agenda ESG.

Legal. Mas e dai? Por que isso é realmente relevante para meu negócio? Bom, na minha visão, porque sem isso, sem essa noção de que tudo está conectado, não vamos conseguir chegar muito longe como sociedade.

ESG não é nada tão novo, já existe há um certo tempo, mas o COVID escancarou a necessidade da nossa sociedade de ser mais justa socialmente, mostrando que as realidades não são as mesmas em nenhum lugar do mundo e que essas diferenças tendem a só aumentar se não tomarmos ações concretas hoje; que o meio ambiente realmente precisa de ajuda para voltar ao seu ponto de equilíbrio conosco, humanos; e que as empresas  e a sociedade são, mais do que governos, os grandes players dessa mudança. 

Agora, se preferir um motivo mais tangível para pensar em ESG, aqui vai um muito bom: segundo a consultoria americana BCG, empresas que adotam essas práticas são mais lucrativas ao longo do tempo e também, mais seguras aos olhos dos investidores, pois estão menos expostas a riscos e são mais organizadas estruturalmente. 

ESG é coisa séria, difícil de fazer e lucrativa. E ai, qual motivo vai escolher?